Lina Medina: A mãe mais jovem do planeta

Esta é a real e perturbadora história de Lina Medina. Peruana nascida em 1933, que tinha apenas 5 anos (7 meses e 21 dias) quando deu à luz um menino.

A menina nascida em Ticrapo, no Peru, teve uma infância normal até que seus pais: Tiburelo Medina e Victoria Losea, notaram que a sua barriga não parava de crescer. A princípio os médicos acreditaram que Lina pudesse estar desenvolvendo algum tipo de tumor na região do abdômen. Porém mais tarde, por volta do sétimo mês de gestação, é que a verdade veio à tona: Lina era uma gestante.
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À época, seu pai veio a ser preso pela suspeita de abuso, todavia a justiça daquele país liberou-o mais tarde por falta de evidências. Exames comprovaram que a criança teve uma puberdade bem precoce, desequilíbrio hormonal, e a primeira menstruação com apenas 8 meses. Aos 4 anos, suas glândulas mamárias começaram a se desenvolver e há registros de que aos 5 sua anatomia já desenhava o alargamento pélvico.
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No dia 14 de maio de 1939 ela foi submetida a uma cesariana, onde e a equipe médica que a atendeu pôde observar que o seu aparelho reprodutor era totalmente maduro. O bebê, nomeado de Gerardo, nasceu saudável e pesando quase 3 kg. O nome veio em homenagem ao médico que constatou a gravidez de Lina (Dr. Gerardo Lozada). Gerardo foi criado pela família como se fosse o irmão caçula de Lina, vindo a saber anos mais que se tratava de seu filho.

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Gerardo faleceu aos 40 anos, ocorrido de uma infecção na medula óssea. A identidade do seu verdadeiro pai nunca foi revelada. A foto a seguir é a mais recente de Lina Medina:LINA-ATUALMENTE

Imagens: Reprodução / Internet

Guia completo sobre vampiros: cuidado ao encontrar um!

Publicado originalmente em: 27/07/2015

Você também curte histórias sobre esses sanguinários seres das trevas? Com o passar dos anos mitos e pequenas regras sobre os dentuços mudaram exponencialmente de autor para autor, nos livros e no cinema. Este artigo revive um pouco das lendas originais sobre os maiores ícones do terror de todos os tempos… Dracula-1931

1- Regra geral:
Vampirizar: Apenas ser mordido por um vampiro não é o bastante para tornar-se um. Segundo as antigas lendas, além da mordida o postulante ao cargo de chupador de sangue deve ainda passar por um ritual de batismo, bebendo também do sangue do pulso de seu algoz… Eca!

2- Dos poderes: Um vampiro pode ter diversos poderes que para muitos soariam como coisas legais, a exemplo:

Mutação: O vampiro, depois de um certo tempo de transformação e alguma maturidade, pode se tornar em um ou muitos morcegos. Esse dom é usado geralmente para se evadir de situações de desvantagem ou cercar possíveis vítimas em pontos estratégicos. Rezam algumas lendas que o vampiro também pode se transmutar em uma névoa cinza e translúcida, então isso fica à cargo do próprio.

Sedução: O vampiro é um ser extremamente sedutor. O poder de fascinação que ele exerce sobre uma mulher mortal é tão grande que a pobre não tem a menor condição de se defender. Algo do tipo tá dominado. Os vampiros podem atrair as mulheres para servirem ao seu concubinato, mas também as colocam como serviçais e podem até mesmo deixá-las na linha de frente para sua proteção. Lembrando que o vampirismo é uma mutação/maldição que parece ter um espólio de gênero masculino, pois a mulher uma vez vampirizada passa a adotar um comportamento com lampejos voltados ao lesbianismo, mesmo que em sua vida mortal não fosse essa a sua opção. Aquém disso, a vampira pode exercer poder igualmente forte sobre os homens.

Domínio e Hipnose: Os vampiros podem exercer domínio sobre criaturas próximas a ele como cavalos, lobos e cães por exemplo. Podem ainda possuir a mente de pessoas de pequena fé ou enfraquecidas pelo medo.

Imortalidade: Talvez o dom (ou maldição) mais conhecido da espécie. O vampiro a partir da data da sua iniciação torna-se um ser imortal. Sem doenças ou envelhecimento. Isso explica-se pelo fato de que ele é praticamente um cadáver, perdendo grande parte das suas funções corporais.

Imperialismo: O vampiro é por natureza o mestre daqueles a quem ele transformou. Se diversas pessoas forem vampirizadas por um indivíduo, este passará a ser o vampiro mestre e a ordenar o então grupo por ele iniciado. Um novato não pode simplesmente sair por aí contaminando outras pessoas. Há a necessidade do alimento, mas para que o seu sangue se torne poderoso o bastante para infectar outros, ele precisa de tempo e maturidade.

Força bruta: Acredita-se que a condição física de um sanguinário seja equivalente a de muitos homens juntos. O seu controle sobre músculos e nervos é bem maior do que o de um mortal e agrega-se ainda a isso o fato de que ele pode evocar as forças das trevas.

3 – Das fraquezas: Como diria meu saudoso pai: “Tá achando que na vida só se come a carne? N-na-não… Deve-se também roer os ossinhos.”

Dependência da escuridão: Esse tipo de criatura das trevas é essencialmente noturna. São errôneas as estórias onde os vampiros podem caminhar durante o dia. A exposição à luz solar pode cegá-los, enfraquecê-los e, se em larga escala, matá-los queimados.

Cruz: Não só a cruz, mas qualquer objeto alusivo ao Criador pode espantar e até queimar um ser da escuridão, mas não é o objeto em si que causa a repulsa e sim a fé de seu portador. O objeto funciona apenas como um capacitor.

Água corrente: Histórias dos antigos contam que a água corrente leva embora toda maldição e toda tristeza. Assim como a chuva lava a alma, a água corrente lava a terra e retira dela o mal. Um vampiro não pode atravessar um curso de água corrente pois será enfraquecido, sugado e aprisionado por ela, podendo ficar sem saída até o amanhecer.

Alho: O alho promove a dilatação dos vasos e o afinamento do sangue, o que para o vampiro não é nada interessante pois poderia causar-lhe hemorragias e a perca desse líquido. Como o mesmo tem constante necessidade de sugar sangue novo, quente e grosso para suprir a falta do seu que jaz em necrose, ele deve manter esse mesmo sangue novo o maior tempo possível preso dentro de seu corpo. Nessas condições até mesmo o aroma dessa especiaria causa a ele a sensação de mal estar.
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Grãos de arroz: Se algum dia precisar fugir de um vampiro, espalhe entre vocês dois grãos crus de arroz. Vlad Drácula, o segundo vampiro e o mais famoso de todos, quando em vida, reunia mendigos famintos na promessa de dar-lhes uma farta ceia e ao invés disso os queimava vivos e depois os empalava. Para tanto, ser amaldiçoado a prender-se ao mais popular alimento do mundo seria parte de seu castigo e maldição. Contam as lendas chinesas que para desprender-se do alimento sagrado, o chupador de hemoglobina deverá contar cada um dos grãos até o último, mas não se iluda, ele provavelmente pode fazer isso muito rápido.

Das visitas: Pragueje à vontade contra um vampiro da sua janela. Sendo o lar um ambiente sagrado, este ser maligno jamais poderá entrar nele sem ser convidado.

Água benta: Por motivos óbvios esta o queima como água fervente em um humano comum.

Reflexos: Vampiros têm sombra, mas não são refletidos em espelhos. Reza a lenda que o espelho reflete a alma, coisa que os vampiros não têm mais.

Purpurina: Definitivamente não há relação entre esta e um vampiro!

4 – Como matar um vampiro:
Tratando-se de um assecla ou um vampiro recém transformado ele pode ser morto pela exposição prolongada ao sol, um banho em larga quantidade de água benta e/ou águas sagradas e com uma estaca de madeira cravada em seu coração. Agora, tratando-se de um vampiro mais poderoso ou um líder de clã, o único jeito e enfiar-lhe no coração um estaca de carvalho virgem durante as 12 badaladas da meia noite. Depois encha a sua boca com alho, coloque-o em um caixão e decapite-o deixando a cabeça invertida ao corpo. Enfim, jogue o caixão lacrado em um rio de água corrente.

5 – A cura:
A única maneira de curar uma pessoa do vampirismo é matar o vampiro que a transformou ainda na mesma noite, antes do sol nascer.

6 – Curiosidades:
Porque a mordida no pescoço? Óbvio, as artérias que irrigam o cérebro estão bem ali fáceis de serem atingidas. Mas a mordida também pode variar de lugar, como o pulso para os mais comportados e a virilha para os mais safadinhos…

Os dentes caninos do vampiro atingem grande proporção no momento do ataque, mas fora da hora do rango geralmente mantém seu tamanho normal.

O vampiros podem (e adoram) copular com belas mulheres, mas lembre-se de que os danados ainda são semi-cadáveres e em consequência disso, toda e qualquer possibilidade de que um deles venha a engravidar qualquer mulher faz-se absolutamente impossível. Heresia.

Carmilla teria sido a primeira vampira, condenada a beber eternamente o sangue humano para manter-se viva e jovem. A sua exata origem é nebulosa, mas Carmilla sempre procurava jovens garotas para sugar-lhes além do sangue a sua energia vital. Associa-se em algum ponto da história a origem de Drácula à Carmilla ou a uma de suas vítimas.carmilla-illustration-friston-1872

Este é um artigo baseado em lendas, histórias contadas pelos antigos e na literatura clássica. Sempre haverão divergências em alguns pontos, todavia é sempre divertido falar sobre criaturas folclóricas. Espero que gostem.

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Will Golden: o homem que nasceu sem seus órgãos genitais

Will Golden nasceu no Reino Unido portador de uma raríssima enfermidade congênita chamada Agenesia Gonadal, síndrome caracterizada pela ausência do pênis e dos testículos.

Para que Will pudesse urinar, os médicos uniram sua uretra com o reto, possibilitando a ele fazer todas suas necessidades por um único lugar, criando nele uma espécie de cloaca, como nas aves. As estatísticas mostram que uma a cada 20 milhões de crianças podem nascer com essa s caracteríscas.

Os nulos, como são chamados os homens nesta condição, podem produzir hormônios masculinos normalmente. Eles são homens efetivamente típicos, mas sem órgãos genitais.

Will costuma postar fotos em suas redes sociais, objetivando alimentar as discussões sobre sexualidade e diminuir o preconceito.

Há casos em que a Agenesia Gonadal pode ser revertida, quando os médicos constroem no paciente adulto um replica do pênis utilizando tecidos de um ou dos dois braços. O tratamento depende de fatores biológicos e, claro, da vontade do portador dessa síndrome.

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Imagem: Reprodução / Internet

Tyrrell P34: O Fórmula 1 de 6 rodas

Em 1976 a equipe britânica Tyrrell surpreendeu o mundo ao apresentar para a temporada daquele ano um Monstro (no bom sentido) de seis rodas para a disputa do mundial de fórmula 1.

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Projetado por Dereck Gardner, o modelo inédito de 4 rodas dianteiras tinha o design robusto e agressivo. As 4 pequenas rodas esterçantes foram uma tentativa de reduzir a área frontal do carro e melhorar o seu coeficiente aerodinâmico / penetração no ar.

O monoposto era propulsionado por um motor Ford Cosworth DFV de 8 cilindros em V e tinha uma transmissão Hewland FG 400 de 5 velocidades manuais. O Tyrrell P34 surpreendeu além do visual, conseguindo bons resultados incluindo a vitória no GP da Suécia com Jody Schekter. A potência do motor era de 485 cv e o giro total chegava a 10.600 rpm, o que garantia a velocidade máxima de impressionantes 320 km/h.

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A aposta gerou um bólido competitivo, como acima citado, mas em um quadro geral o projeto ficou abaixo dos números esperados para o investimento. O sistema de freios e a complexa suspensão dianteira tornaram um tanto complicados os ajustes e, a produção de pneus exclusivos feitos pela Goodyear aumentaram bastante os custos.

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A lendária Tyrrel P34 foi pilotada pelos igualmente icônicos Jody Scheckter (Africa do Sul), Patrick Depailler (França) e Ronnie Peterson (Suécia).

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Para a temporada de 1978 a Equipe Tyrrell apresentou o modelo 008, que retomava o design convencional de quatro rodas. Alguns anos depois, quando algumas equipes começaram a cogitar a possibilidade de usar quatro rodas motrizes na traseira, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) interveio alterando o regulamento para proibir a participação de carros com mais de quatro rodas na categoria. O que prevalece até os dias de hoje!

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Bibi Aisha: Uma das garotas mais valentes de todo o planeta

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Aisha Mohammadzai, também conhecida como Bibi Aisha é uma garota que teve o rosto mutilado em 2009 após tentar protestar contra o regime de seu país e de sua famíliaA afegã tinha apenas 12 anos quando seu pai a prometeu em casamento com um combatente do grupo talibã.

Aos 14 anos casou-se, mas em sua nova vida ela conheceu todo o pesadelo dos maus tratos e dos abusos psicológicos e físicos. Aos 18 anos Aisha fugiu de sua casa, mas foi detida e depois levada por seu esposo e família perante um tribunal talibã, onde o comandante determinou a pena de mutilação como castigo. Naquela noite a menina foi levada para as montanhas e em um ato extremamente desumano seu marido decepou o seu nariz e orelhas com uma faca, abandonando-a depois.

Por imensa graça divina, a jovem foi socorrida por um grupo humanitário e levada a um hospital de procedência americana, passando a ser protegida pela fundação Women for Afghan Women. Dois anos mais tarde Bibi chegou aos Estados Unidos e foi recebida na casa de uma família de Maryland. Aisha tornou-se conhecida mundialmente em 2010 ao ser capa da conceituada revista Time, em uma edição sobre a opressão vivida pelas mulheres Afegãs. Bibi_Aisha_Cover_of_Time Ela viveu por um tempo com uma prótese na face para suprir esteticamente a ausência do nariz, mas logo começou os procedimentos cirúrgicos que aos poucos reconstruíram sua face com tecidos do próprio corpo.

00179350651_aisha_89191c AISHAS-11-500x303002bibi-aisha-after-surgery-lrg Aisha agora tem um novo nariz, e declarou que pretende usar sua experiência para dar esperanças a outras mulheres que continuam sofrendo com a opressão e os extremos maus tratos no Afeganistão.

Je Suis Aisha 😉

Imagens: reprodução / internet

Literatura: Menino de Asas

Escrito em meados dos anos 60 pelo premiado autor nordestino Homero Homem, o livro Menino de Asas foi uma das mais belas e impressionantes histórias da literatura brasileira.

O texto narra a vida de um menino que nasceu com asas no lugar dos braços e desdobra todo o preconceito e a rejeição que ele sofreu ao longo de sua vida. Seus sonhos, suas batalhas e suas conquistas.

Durante os anos 80 e 90 a série vagalume, oriunda da Editora Ática, era parte importante da grade curricular do colégio, onde pelo menos uma vez a cada bimestre as professoras de língua portuguesa cobravam de nós alunos a resenha de uma das fantásticas obras desta série, que popularizou o hábito da leitura em pelo menos duas daquelas gerações. Menino de Asas, para minha felicidade, foi o primeiro destes livros que tive o prazer de saborear.

Homero Homem foi um dos ícones que inspirou este humilde escritor a dar os seus primeiros passos. E eu de verdade recomendo a quem tiver a chance, que conheça essa fantástica obra do imaginário de um dos maiores mestres desta nação.

A capa e as demais belíssimas ilustrações da obra ficaram a cargo do artista Jayme Leão.

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Brothers: A Tale of Two Sons / O sonho de um final alternativo

Lançado em 2013 para as plataformas Playstation 3 e XBox 360, o aclamado game “Brothers” do estúdio sueco Starbreeze, que recebeu inúmeros elogios pelo seus gráficos, jogabilidade inovadora e principalmente pela beleza da jornada. Todavia, a internet em peso é acordada numa ideia em comum: o desfecho deste game é muito injusto.

Brothers conta a histórias de dois irmãos que, traumatizados pela perca da mãe, pouco tempo depois devem seguir em uma jornada épica atrás da árvore da vida para buscar a cura para a doença grave de seu pai. E é nesse escopo que após uma encantadora e difícil jornada que a história chega a um desfecho que desagradou a maioria dos jogadores desta odisséia, mas não para minhas filhas. Duas estudantes apaixonadas por videogames que, com simplicidade, muita criatividade e os traços lindos e singelos que vieram direto do coração, recriaram a parte final desta aventura de uma forma que confortou os seus corações! Esse papai é muito orgulhoso dessas meninas!

Brothers, final alternativo.

Roteiro: Bruna Bianca

Arte: Bruna Bianca e Paloma Celeste

Auxílio: Ivan Anderson

A história do Van Damme araxaense

E eu fui testemunha ocular do evento aqui descrito:

Nos primórdios da minha juventude eu e meus amigos vimos quando aquele pequeno homem invocado partiu para cima de um gigante musculoso na saída do parque de exposições Agenor Lemos, alta madrugada de uma noite quente do distante 1990. O grandalhão havia acabado de tascar na linda garota do valente um abraço apertado pelo flanco direito, o que deixou o nosso herói absolutamente possesso.

Apesar da fúria do rapaz, aquele brutamonte ergueu calmamente as mãos espalmadas e jurou por repetidas vezes que não queria problemas. Todavia o baixinho provavelmente inspirado pelos filmes de luta, que eram a coqueluche da época, desferia em seu antagonista incessantes chutes giratórios, voadoras e golpes que deveriam (ao seu intento) ser fulminantes. Parecia a gravação de um filme B hollywoodiano, mas não se pode garantir aqui neste texto que os belos movimentos tinham força proporcional à plástica dos movimentos.

Quanto a moça? A coitada dentro de seu comportado vestidinho branco gritava o tempo todo para que o seu namorado parasse com toda desproporcional valentia. E ele até poderia ter parado, se percebesse que seus caprichados golpes sequer abalavam a montanha de músculos que estava à sua frente. Gigante esse que ainda insistia em dialogar, porém sem sucesso.

Cansado de toda aquela balbúrdia, o brutamontes irritado então resolveu revidar e desferiu apenas um tapa com a mão aberta na cara do astro da noite, que girou em torno do próprio eixo no ar e estatelou-se no chão imediatamente. Para a surpresa dos presentes, o Van Damme araxaense empreendeu em seguida uma fuga também cinematográfica, passando entre o povo e desaparecendo rua acima, deixando para trás uma desconsolada namorada que se confortou aos prantos nos braços do pacífico gigante.

Mais tarde viríamos a descobrir que o musculado tratava-se de um meio irmão da bela, muito querido por ela, e que veio de outra cidade para a festa.

Imagens: reprodução / internet

 

A Festa do Terror de 1999

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A Festa do Terror de 1999

E foi lá no glorioso Clube Araxá (em Araxá, das Minas Gerais); no sábado de aleluia de 1999 que este conto aconteceu…

Os três amigos do Alto Urciano Lemos: Mister Newey, Moreatti e Íbas combinaram meses antes de frequentar o mais badalado evento daquele ano na terra de Beja… A grande Festa da Fantasia.

Os amigos trabalharam arduamente confeccionando os próprios trajes: Íbas o Senhor Morte, com direito à foice e tudo; Moreatti o Homem sem rosto e o intrépido Mister Newey se tornou o dentuço e assustador Conde Drácula.

A festa corria bem, os garotos eram queridos da multidão de participantes, pois sim. Fotos com as garotas, abraços e brincadeiras com a rapaziada, os amigos causando e se divertindo. Até me atrevo a contar, como testemunha ocular, que se tornaram em alguns momentos a alma da festa. Imaginem vocês: três das criaturas mais assustadoras da noite andando juntas entre soldados, tiazinhas, caixas de sabão em pó com pernas, formosas garotas transformadas em garrafas de refrigerante e outros tantos personagens clássicos do cinema. Aquela era a noite das noites.

Mas foi em dado instante que tudo aconteceu… Nova na vida noturna, bela garota de brilhantes olhos azuis caracterizada como o mais belo dos anjos veio ao chão. Queda brusca da glicose, causada pela influência de más amizades da vida boêmia. Pobre moça mal acompanhada.

As três criaturas do terror passaram naquela hora pelo local quando o Conde Drácula, o mais bem caracterizado dos três, dobrou ao chão os seus joelhos e postou ao seu colo a cabeça da menina. Com os olhos vermelhos e os dentes enormes pontiagudos ele ordenou a todos que se afastassem e foi prontamente obedecido. Chegava a ser assustadora a imagem do monstro com o braço em riste, socorrendo a donzela em perigo.

Porém aquela ficaria marcada como a imagem mais inesquecível daquele sábado de aleluia… Belo anjo caído, socorrido pelo temível ser das sombras. O momento em que a luz encontrou as trevas e a magia se fez. Meu amigo Mister Newey tinha o dom de causar momentos que marcavam a mente daqueles que o rodeavam e esse foi apenas mais um, que ficou eternizado em dezenas de flashes naquela distante madrugada.

Um lamento para os tontos companheiros, que não tinham nenhuma câmera fotográfica em mãos.

Como é que é?

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Chico Fulano havia acabado de comprar seu primeiro automóvel: um Chevette marrom 1979 daqueles que acordavam todo o quarteirão quando ligado pela manhã. O carro era barulhento não pela potência, eia pois, mas sim pelo escapamento rachado. E este precisava de inúmeros cuidados, mas para Chico Fulano estava passando de bom, pois levava-o sempre bem cedo para o trabalho numa companhia perto da cidade, onde batia ponto como porteiro a partir das 6 da manhã.

Certa feita, o nosso herói trafegava pela estrada em direção ao trabalho quando passou por ele motoqueiro alucinado, que olhou dentro dos seus olhos na passagem e foi logo perguntado:

— Como é que éééé?…

Possesso pela provocação, ele acelerou o Chevette velho e ultrapassou sem dó o motoqueiro, que na primeira distração de Chico o venceu de novo tornando a repetir a pergunta:

— Como é que éééé?…

— Mas que motoqueiro abusado! — Afirmou Chico Fulano irritado. Ele deu potência ao motor velho do Chevette e mais uma vez passou pelo motoqueiro envenenado, largando-o para trás e arrepiando pelo asfalto. Porém, quando pensa que não, já lhe passa outra vez o motoqueiro fitando-o nos olhos e tal como antes, afrontando-o com a irritante pergunta:

— Como é que éééé?…

Desta vez, pasmo, Chico não teve reação. Observou boquiaberto o selvagem da motocicleta voar baixo pela estrada, errar a curva e descer barranco abaixo com sua moto até se estabacar no rio lá embaixo. Ele parou então o carro e desceu depressa o barranco para acudir o seu algoz, que saindo do rio todo enlameado e com o guidão da moto na mão enfim completou sua pergunta a Chico:

— Como é que é que se para essa moto?

Koreana: Hand in Hand (Tema dos Jogos Olímpicos de Seoul 1988)

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Que me perdoem os meus idolatrados leitores por em pleno encerramento das Olimpíadas do Rio vangloriar outro momento olímpico, mas não podia deixar de elevar meus pensamentos ao distante ano de 1988, onde as olimpíadas de Seoul, na Coréia do Sul realmente deram significado ao termo “celebração de união dos povos”.

A canção Hand in Hand (De Mãos Dadas), composta por Tom Whitlock e interpretada pelo grupo Coreano Koreana (há algo de óbvio aqui) foi o momento olímpico mais emocionante da toda a minha história como telespectador. Entendam: não estou falando da história e glória dos nossos atletas que deixaram o seu sangue e seu suor pelo esporte e pelo país, mas sim das mensagens de abertura e encerramento, recorrentes de cada quadriênio. Eu juro, torci muito para que o nosso hino olímpico Alma e Coração fosse marcante tanto quanto, mas me decepcionei não pelo trabalho dos artistas Thiaguinho e Projota ou mesmo dos autores Leo da Baixada, Victor Reis e Rodrigo Marques que são indubitavelmente talentosos e consagrados pelo público, pois eles cumpriram com os papéis aos que foram propostos. O que faltou foi o apelo na mensagem final,  que para mim soou mais como um produto comercial do que como algo realmente perene ao espírito olímpico.

A canção tema das olimpíadas de 88 falavam, em sentido figurado, justamente da queda dos muros que foram levantados entre nós, o que é clara alusão à separação das duas Coreias, a do Norte e a do Sul, tal qual o muro de Berlin separou por décadas as duas Alemanhas.  A unificação de povos apartados é sempre tema de comoção e desperta sentimentos de união, fraternidade e justiça. Talvez por isso tenha tocado o meu coração à época… Pelo menos foi essa a visão que tive àquele tempo (guardadas as devidas proporções) aos 10 anos de idade.

Chorei muito durante a execução desta canção, vendo todos os povos confraternizando e celebrando juntos ao redor do palco… Um momento muito singular, que vai ficar pra sempre guardado na minha memória.

Segue o vídeo original (cantado em coreando e inglês) e a letra traduzida:

De mãos dadas

Veja o fogo no céu

Sentimos nossos corações batendo juntos

Essa é a nossa hora de ascender novamente

Sabemos que temos a chance de viver para sempre

Eternamente

(Refrão)

De mãos dadas ficamos firmes pela terra

Podemos fazer desse mundo um lugar melhor para viver

De mãos dadas, podemos começar a entender

Derrubando as paredes que se interpõem entre a gente o tempo todo

Arirang

Sempre que damos tudo de nós

Sentimos a chama eternamente dentro de nós

Erguemos nossas mãos para os céus

A calmaria da manhã nos ajuda a viver em harmonia

Eternamente

(Refrão)

(Refrão)

De mãos dadas

Derrubando as paredes que se interpõem entre a gente o tempo todo

Arirang

Imagens: reprodução/internet

Os Gatões da Festa

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E foi naquele distante réveillon de 1998 para 1999 que os amigos Toco, Íbas e Mister Newey resolveram causar no salão de festas. Liderados por Toco, os inseparáveis combatentes ensaiaram por semanas um escroto gingado dos quadris, que deveria por intenção ter sido algo sexy, e altas poses de fisiculturismo para impressionar geral as garotas. Isso tudo aconteceria, conforme o plano, ao som de um mega balanço da época: a música Feel it, do grupo The Tamperer (vide vídeo em anexo que você vai entender).

Estava mais para uma piada do que para algo que fosse realmente chamar a atenção, porém o objetivo do enfadonho trio de solteiros já estava traçado. Quando na festa: era refrigerante daqui e paquera malsucedida dali, até que chegou a hora combinada com o DJ e eles foram se aventurar no carpete. Jaquetas voaram para os lados e a plateia ali presente testemunhou o mais ridículo ballet de todos os tempos. Todavia, contrariando a lógica, as pessoas acompanharam tudo com palmas, gritos e assovios altos; encerrando o show com fartos aplausos, lembro bem.

O resultado disso tudo? Muitas risadas e uma fila de donzelas de braços estendidos pedindo por uma dança. A aventura dos três bailarinos é a prova viva de que mais do que músculos e ares de pompa, as garotas ainda gostam mesmo é daqueles que as fazem rir.

Desenho do ano de 2016

Um filme inesquecível: Dias de Trovão

Grande produção do ano de 1990, com roteiro de Robert Towne e Tom Cruise e assinado pelo diretor Tony Scott: o filme Dias de Trovão marcou toda uma geração de amantes do automobilismo com corridas surreais e uma trilha sonora irretocável.14cruise25-Russ-Wheeler

O longa conta a história do piloto de corridas Cole Trickle (Tom Cruise), que após ter sua carreira na Indy Arruinada vai para a Nascar, a principal categoria de Stock Car dos Estados Unidos tentar um recomeço. Uma história de amizade, confiança, humildade e superação; cheia de reviravoltas e momentos que emocionam o telespectador: como a relação paternal do preparador de carros Harry Hogge (Robert Duvall) com o protagonista e a conturbada rivalidade do mesmo Trickle com o esquentado ex-campeão Roudy Burns (Michael Rooker).filmes-must-see-tom-cruise-dias-de-trovaobebe

O longa tem diversos pontos marcantes, e eu destaco entre eles o elenco que se encaixou como uma luva aos respectivos papéis, os carros de uma Nascar noventista (que para mim são os modelos mais lindos da história da categoria), o enredo muito bem elaborado e uma trilha sonora perfeita: que conta com sucessos de Cher, Maria Mckee, Tina Turner, Elton Jhon e Guns n’ Roses dentre outros…
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Dias de Trovão não deixa de ser fantasioso quanto às regras de uma corrida de verdade, todavia é um glorioso representante do cinema pipoca que apesar de estar neste ano completando 26 anos, continua ainda divertido, interessante e atual. Vale a pena conferir.

O clip anexado do filme pode conter spoilers do enredo:

Imagens: Reprodução / Internet

 

Revista NeoFanzine: Para as Trevas até o Amanhecer

Ivan Anderson

Publicado originalmente em 26/10/2010;

Em 2004, após o lançamento de uma série de fanzines, decidimos, meus amigos e eu,  criar um trabalho com formato um tanto mais atrativo aos olhos.  Com algum apoio, e quase toda a verba do próprio bolso.

Batemos pernas por semanas em busca de patrocínio, criamos o roteiro, produzimos a revista em um formato modesto e distribuimos em Araxá e região. Naquela época, a citada verba estava mesmo muito curta e as páginas, com o tipo de impressão que foi possível pagar, não atingiram  a qualidade sonhada em noites e noites de trabalho árduo. Mas encher o porta-malas daquele velho Del Rey 85 de quadrinhos e viajar pelo Triângulo Mineiro foi uma odisséia.

Valeu muito à pena!!!

Capa NeoFanzine

Ilustração: Ivan Anderson

Cores: Adriano Leonardo

Diagramação: Rone Charles

Edição: Frederico Cipriano

Palpites fora de hora: Marcio Cleirer Martins 😀

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